ü Esse volume de investimentos, menor do que a estatal pretendia três meses atrás, foi bem recebido, apesar de algumas ressalvas.
ü Até o início deste mês a Petrobras já tinha perdido R$ 55 bilhões em valor de mercado e o novo plano, mais austero, pode melhorar a performance das ações na bolsa de valores.
ü Analistas ouvidos pelo Valor, todos sob o compromisso de não serem identificados, elogiaram o novo plano da estatal. Porém, tem quem esperasse mais.
ü Do total que a Petrobras planeja investir, US$ 127,5 bilhões (equivalentes a 57%) vão para a área de exploração e produção, dos quais US$ 117,7 bilhões no Brasil e US$ 10 bilhões no exterior.
ü A empresa informou ainda que planeja obter US$ 13,6 bilhões com a venda de ativos e que retirou projetos orçados em US$ 10,8 bilhões no plano anterior, sem entrar em detalhes.
ü A Petrobras também se compromete a obedecer algumas metas de redução de custo na construção das novas refinarias.
ü Para a área de refino foram destinados US$ 35,4 bilhões, número praticamente estável, com redução de apenas 4% em relação ao plano anterior.
ü Apesar de criticadas, todas as refinarias foram mantidas no plano.
ü Na sexta-feira, a Petrobras informou que prevê gastar US$ 12,4 bilhões nas áreas da cessão onerosa até 2015.
ü Segundo a companhia, serão perfurados 10 poços exploratórios nas áreas cedidas, o que permitirá fechar 2015 produzindo 150 mil barris por dia em Franco - um campo gigante que era da União e onde são estimadas reservas de 3 bilhões de barris de óleo e gás.
ü Outro ponto considerado positivo foi o anúncio da venda de ativos, que deve ser mais detalhado hoje, quando a diretoria da estatal dará uma entrevista coletiva no Rio.
ü No fim-de-semana o exercício era de tentar antecipar de que projetos a Petrobras pretende sair. O melhor, disseram as fontes, seria que fossem vendidos ativos no exterior, como a refinaria de Pasadena (no Texas). Ainda não é possível identificar áreas que tenham tanto valor, já que a companhia pretende arrecadar quase US$ 14 bilhões.
ü Considerando todas as premissas do plano, a Petrobras prevê uma geração de caixa variando entre US$ 125 bilhões e US$ 149 bilhões.
ü Nos dois cenários, a necessidade de captação líquida anual (excluídas amortizações) vai variar entre US$ 7,2 bilhões US$ 12 bilhões por ano.
ü A companhia também manteve a metade alavancagem financeira (medida pela dívida bruta dividida pelo patrimônio) entre 25% e 35%.
ü A Petrobras planeja fechar 2015 produzindo 543 mil barris de óleo equivalente (boe/dia) no pré-sal, quando a meta do plano anterior, até 2014, era de 241 mil boe/dia naquela área.
ü Já o plano de longo prazo, até 2020, aumentou em 1 milhão de barris a meta de produção total da companhia, que agora é de 6,418 milhões de boe (sendo 5 milhões no Brasil), contra 5,382 milhões de barris/dia no plano anterior.
ü Para se ter uma dimensão do salto, basta lembrar que no mês passado ela produziu 2,6 milhões de barris equivalentes/dia, sendo 2,4 milhões no Brasil, dos quais 2,046 milhões/dia de petróleo e o resto de gás.
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