sexta-feira, 30 de julho de 2010

Redecard RDCD3

RDCD3 Semanal


Em atenção ao Ricardo:
Desde o fundo da crise de 2008 até o topo em Abril 2010, o papel subiu mais de 100%.  Agora, o que a gente pode perceber é que o papel encontra-se enroscado entre os 24,30 e 30,70. Portanto, pra quem gosta de trades mais longos, tá tendo sucesso nas vendas perto de 30,00 e nas compras perto dos 24,30.

Para posições especulativas, acredito não ser o melhor momento, pois mesmo estando nessa grande congestão conforme assinalado em preto no gráfico, podemos identificar uma clara tendência de baixa, seja pelas médias apontadas pra baixo, seja pelos topos e fundos descendentes.

Embora não seja o ramo de negócios que que me atraia como sócio, reconheço que a empresa é boa (boa geradora de caixa, atividade em expansão com muito mercado a ser conquistado, despesas operacionais baixas etc). Chama atenção o fato do pay-out da empresa ser 100%, ou seja, ela distribui 100% dos lucros aos seus acionistas.


Sobre:
O modelo preponderante na indústria de cartões de pagamento no Brasil é o de associação, no qual as Bandeiras, as Credenciadoras e os Emissores têm papéis específicos, porém atuando de forma integrada, sob as regras estabelecidas pelas Bandeiras. Nesse modelo, as Credenciadoras, como a Redecard, detêm a licença de uso das marcas das Bandeiras e são responsáveis pelo credenciamento dos Estabelecimentos, como também pela captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das Transações realizadas com cartões de pagamento.


A Redecard é das companhias líderes da indústria de cartões de pagamento no mercado brasileiro e a principal Credenciadora das Bandeiras MasterCard e Diners no Brasil. Opera com os cartões de crédito MasterCard, MasterCard Electronic e Diners Club International e com os cartões de débito MasterCard Maestro, RedeShop e Maestro.

Os Emissores são empresas, instituição financeira ou não, autorizadas pelas Bandeiras MasterCard e Diners a emitirem cartões de crédito e/ou disponibilizar produtos com estas Bandeiras. Os Emissores também concedem crédito aos portadores dos cartões de pagamento para utilização no Brasil e/ou no exterior.

Os Estabelecimentos são empresas não financeiras, fornecedoras de bens e serviços aos portadores de cartão de crédito.

As Bandeiras estabelecem as regras gerais de organização e funcionamento do sistema de cartões de pagamento e garantem a liquidação financeira das Transações.


Em 2 de outubro de 2009, após quase onze meses de expectativas em relação sobre qual o modelo que será adotado para regulamentar o setor de cartões no Brasil, as equipes técnicas do Banco Central, da Secretaria de Direito Econômico (SDE) e a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE) divulgaram Nota Técnica com cinco medidas:

• a abertura da atividade de credenciamento (fim da exclusividade no credenciamento das Bandeiras);


• o compartilhamento dos equipamentos de POS;


• a neutralidade nas atividades de compensação, que resultará na terceirização deste serviço por parte das credenciadoras. O principal objetivo desta medida é reduzir as barreiras à entrada por parte de novos players;


• o fortalecimento de esquemas nacionais de cartões de débito, que poderá resultar na criação de uma Bandeira Nacional;


• a transparência na definição da tarifa de intercâmbio que em última instância forçará as credenciadoras de cartão a informar ao órgão regulador os parâmetros para definição das tarifas cobradas dos lojistas e no relacionamento com as Bandeiras. O objetivo é impedir a venda casada de serviços.


Segundo a SDE, o cronograma de implementação das medidas será definido pelas autoridades competentes. Adicionalmente, informou que as equipes técnicas do Banco Central, da SDE e da SEAE estão discutindo outras medidas.

As implicações mais imediatas das medidas acima comentadas são a necessidade de maiores investimentos em tecnologia e a pressão sobre as taxas cobradas sobre os serviços. Por outro lado, a Redecard e a Visanet já esperavam que tais pontos seriam os alvos mais prováveis para uma regulamentação e já estão adotando medidas visando a adaptação à nova realidade. Neste sentido, ambas contam com boa probabilidade de amenizar o aumento das despesas e a pressão sobre a rentabilidade nas operações com o aumento do volume advindo do credenciamento de outras bandeiras e com a oferta novos serviços.

Acrescentamos que as medidas propostas pela SDE não contemplaram os três pontos que eram vistos como mais radicais nas propostas que foram encaminhadas ao Congresso em janeiro/09 que são: o fim da verticalização nas atividades de credenciamento de cartões, a redução do prazo para compensação das transações de trinta para dois dias e a equiparação das credenciadoras com instituições bancárias.

Para 2010 o grande desafio será “driblar” os efeitos do esperado aumento da concorrência no setor de cartões a partir de julho/10, quando terminará a exclusividade do concorrente Cielo com a Visa International. Para enfrentar o ambiente mais competitivo, a Redecard pretende capturar nichos alternativos dentro do mercado de cartões e credenciar outras bandeiras além daquelas com as quais ela já trabalha. Desta forma, poderão ocorrer ganhos de escala que se confirmados amenizarão a tendência de pressão nas taxas de administração cobradas dos lojistas e sobre a receita de aluguel de equipamentos.

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